O hoje. Ah! O hoje! Às vezes me pego em... Marcos Godoy

O hoje. Ah! O hoje! Às vezes me pego em juízo sobre isso.
Certo dia, cheguei à nobre conclusão de que "o hoje" nada mais é que um presente de Deus. Um presente dado sem que te peçam nada em troca. Aliás, somente a você cabe a postura exata frente a este presente.
O hoje é como disseram um dia, é a materialização do começo, do recomeço, do refazer-se, do início, dos reinícios! Se o tempo é um cenário preparado para nos inserirmos, façamos do hoje a nossa melhor interpretação. Um show para nós mesmos recheado de aplausos vindo da nossa consciência.
Não cabem freios inúteis no hoje. Não cabem as paradas desnecessárias que obstacularizam a felicidade sem qualquer razão plausível. Não cabe a normose parva que te leva a uma adaptação às coisas inúteis. Só a verdadeira felicidade é útil ao homem.
Não economize beijos, abraços apertados, palavras de carinho, solidariedade pura e simples, novas possibilidades, novos encontros. Só chegaremos ao nosso âmago, à nossa essência através das relações humanas e as relações humanas nas suas diversas searas, é a mais pura forma de atrito. Então, ATRITE-SE! Ame, se entregue às paixões, saia da zona de conforto da monotonia paralisante, da mediocridade absurda que vem do medo.
Foque suas preocupações no hoje! O que passou virou história e o futuro é uma incógnita sediada na vontade de Deus. Destarte, VIVA, brinque, chore e se decepcione (se for o caso).
A única coisa que te fará humano é o sentir. Então faça do seu hoje um turbilhão de sentimentos. E quando a cabeça desocupar das coisas que te foram inúteis, só se arrependerá do beijo que não deu, do abraço que nunca abraçou, do amor que não foi seu.