A lembrança pode ser tão boa quanto... Lirian Cunha
A lembrança pode ser tão boa quanto traiçoeira. Quando nos lembramos de algo que aconteceu ou de alguém, colocamos algum novo detalhe que talvez nem tenha realmente existido. É a necessidade que a gente tem de provar intimamente que algo extraordinário aconteceu ali. Seja para fazer comparações ou não. Está aí, talvez, mais um dos motivos para a nossa dificuldade em viver o presente e pensar apenas no futuro - somos seres nostálgicos - e o passado é sempre mais interessante do que qualquer coisa.