Amar é fazer pequenas concessões. É... Leandro M. Cortes
Amar é fazer pequenas concessões. É renunciar a algumas regalias da solteirice, sem perder a liberdade. É casar com a rotina, sem abrir mão das metamorfoses. É amar, re-amar e reinventar-se diariamente. É construir o amor a base da cumplicidade, norteados pela fidelidade e amparados pela lealdade. É preciso avançar alguns estágios, amadurecer, para então, decidir abandonar a solidão, para dividir a casa, o quarto, a cama, a intimidade, a alma, a vida. É necessário saber que aquele corpinho sarado, logo irá ceder lugar à famosa barriguinha. Que ela tem seus defeitos e vive seus dias e tempestades. Que ele vive suas desordens e que ela é perfeccionista. Que a rotina derruba a maquiagem e por vezes borra o rímel. Que as pequenas discussões atestam a democracia no amor, o discordar saudável livre de repressões. Que nessa guerra de egos e orgulhos exaltados é preciso que se abra um corredor para o diálogo. E que entre idas e vidas, o luxo reside na simplicidade da entrega. À que se viver o lúdico da relação, sem perder as rédeas do relacionamento.