Os sabiás em êxtase E as andorinhas... Joaquim Cezar S Macedo

Os sabiás em êxtase
E as andorinhas entre beijo
Os primeiros sinais do dia festejam

A manifestação da vida em sorrisos
A expressão gloriosa da natureza,
Excelência da luz do céu clareando,
E pelos campos se espalhando

Das coisas mais tristes da vida
É ver o anoitecer

Mas de todas as outras boas
Saber do alvorecer

A manhã vem cheia de surpresas
Hora do trabalho
Pagar as contas
Enterrar nossos monstros

Lutar pela sobrevivência
Pedir perdão dos pecados da noite

Enfim chega a tarde
Um pouco mais triste
Mas belo o acaso
Ela findará o dia

Com escuridão
Vem a noite estrelada
E quando está enluarada
Faz lembrar o nascer da alvorada
Envolta no crepúsculo da madrugada

Como passam os dias
Passa o entusiasmo e a vida
Que tão depressa se vai

Porém resta a saudade,
os sonhos e as alegrias

Resta agradecer
pela oportunidade de viver

Que belas manhãs,
Belos dias
E quando finda o entardecer
Que belo e desconhecido
é o anoitecer

A vida imita a natureza
Começa no prévio alvorecer
Desenvolve-se na infância e juventude
Crescendo e atingindo a plenitude

Não se vive senão da esperança
De um dia encontrar a bonança

Tanto sonhei
Vibrei e amei
Vivi num mundo cheio de alegrias
Realizei fantasias

Contudo eu sei
Não é o fim
Não morreremos
No outro mundo viveremos
Entre nuvens sonharemos
e pelo espaço sideral navegaremos

Somos filhos de Deus
Bondoso e onipotente
Será fácil viver eternamente