A ironia da vida e do amor é ter sempre... Leandro M. Cortes
A ironia da vida e do amor é ter sempre
O mesmo fim. Histórias que se cruzam.
O fim vem antes, dos meios
E dos inícios. A gente morre lentamente
Com as chances desperdiçados,
Com os amores errados, com sonhos
Que se perdem, com os anos
Que se passam, com as ilusões e desilusões
Que se amontoam, sem que ninguém
Lave-as e as estenda nesse varal interior.
Você se apaixona pela vida, vive anos
A fio, mas vem um dia e, esse dia chega,
Em que ela te abandona, sem um último aceno
É uma viajem sem volta, só de ida. Se
Tivesse que te dar um conselho, diria:
Ame a vida, o amor e quem te ama,
como se fosse à primeira vez. Viva
A cada amanhecer e a cada pôr do sol,
Sem provas, nem contraprovas, nem
Porquês, ou deixas fatais. Somente
Viva! Porque muitas perguntas suas
Irão tocar o silêncio vazio e retornar
Sem demora, sem resposta.