Eu não sei o que sei. A verdade é uma metáfora da vida: só...
Eu não sei o que sei. A verdade é uma metáfora da vida: só tem sentido quando recolhidos os detalhes. Hoje é dia de recolher detalhes. Vida pequena, quase um respiro de tão miúda, mas bela. Mas não há o que se fazer, senão esperar pela serenidade. Tenho vivido a convicção de que a sinfonia só é bela porque reúne os acordes dissonantes, maiores e menores. O resultado final é uma explosão de beleza. O todo preenchendo o espaço, cumprindo a sina de sacralizar o choro de quem chora, e o riso de quem ri. A sinfonia é triste e bela ao mesmo tempo. Não há como querer uma parte só. Hoje, neste dia em que minha pauta tem acordes tristes, recorrome-me ao carinho de quem luta comigo, de quem me ama e me quer bem. Só assim é suportável viver esta passagem... Deus é o regente de tudo. Tenho certeza de que o movimento de seus braços ordenarão o despertar dos acordes serenos, momento em que prepararemos o sorriso e a alegria. A sinfonia da vida é linda, mas dói. Maturidade é o fruto a ser recolhido, cada vez que na partitura da vida, há um interlúdio de tristeza.