BRINCANDO COM AS PSICOLOGIAS. A mais... Héldice Machado

BRINCANDO COM AS PSICOLOGIAS.

A mais nova anedota que iremos contar envolve dois gigantes da Psicologia, um é Burrhus Frederic Skinner, nascido em Susquehanna - Pensilvânia, em 20 de Março de 1904 e morreu em Cambridge no dia 18 de Agosto de 1990, o outro é Sigismund Schlomo Freud, nascido em Příbor em 6 de maio de 1856 e morreu em Londres no dia 23 de setembro de 1939, porém ficou mais conhecido como Sigmund Freud.

SKINNER E FREUD - A psicanálise e o desejo e o Behaviorismo e as emoções, o diálogo dos séculos.

Skinner andando pela rua avista seu principal rival Freud, e decidi falar com ele para começar a analisar as contingências. Freud avista Skinner e fica espantado, pensa se não falar com ele com certeza irá parecer que ocorreu um comportamento de esquiva ativa, se falar e ir embora Skinner iria afirmar que Freud emitiu comportamento de fuga, que dilema! É melhor Freud conversar com ele e ver o que esse rapaz anda sonhando...

Skinner e Freud encontram-se:

Skinner diz: Olá Freud, como vão as contingências da vida?

Freud diz: Vai bem, e seus desejos e sonhos, muita sexualidade?

Skinner diz: HAHAHA, você não muda mesmo em rapaz...

Freud diz: É o conflito entre as instâncias psíquicas que me deixam assim

Skinner diz: Ainda com essa teoria, rapaz...

Freud diz: E você, como vai Eros e Tanados, tudo em harmonia?

Skinner diz: Sim, tenho muitos reforços para me produzir alegria e esperança.

Freud diz: Certo, sempre sublimando seus desejos, gostei!

Skinner diz: Explique-me o que é o desejo para a sua Psicanálise?

Freud então fica assustado, mas começa a explicar sobre o desejo a Skinner...

Freud diz: Bom, o ser humano é um ser que deseja. O desejo é o nome ou a representação do que nós éramos na nossa pré-história, vivendo de instintos para sobreviver, buscando alimento, água, ou seja, vivendo de uma maneira biológica. E de repente existe um momento que o homem pode usar palavras, instrumento para modificar o mundo e a partir desse momento nasce o desejo. De maneira bem sucinta o desejo é a violência que nós, através da história de uma sociedade, cultura, psiquismo dos nossos pais, cometemos sobre os instintos humanos, essa violência é a transformações dos institutos em linguagens, fazendo, assim, nascer o psiquismo humano. O desejo é aquilo que persegue um objeto e quando esse objeto é atingido o mesmo perde a sua significação. Existem bons e maus desejos: o mau desejo é aquele que se realiza instantaneamente, fazendo que haja anulação da erotização do corpo do outro, ou seja, o desejo mau é aquele que na medida em que ele aparece ele é consumado, pois a velocidade da satisfação compromete o desejo. Porém o desejo bom é aquele que pode começar e não ter um final rápido. O maior desejo do ser humano e o desejo de ser desejado pelo outro, seja por qual qualquer motivo, apesar de achar que o principal desejo do ser humano e o de ser desejado intelectualmente. Skinner, já falei bastante de desejo, gostaria que você falasse o que é as emoções para o Behaviorismo?

Skinner diz: Ok, Freud. A emoção jamais deixará de ser um fenômeno complexo, onde encontramos a eliciação de respondentes e emissão de operantes. Não existe distinção entre sentimentos e emoções em minha visão.

Freud diz: Skinner, o que é a alegria?

Skinner diz: A alegria, como disse lá no inicio de nossa conversa, é a consequência de apresentações de estímulos reforçadores primários ou condicionados.

Freud diz: E a tristeza?

Skinner diz: A tristeza ocorre quando estamos em privação de estímulos reforçadores, ou algum deles nos é tirado repentinamente, há um término dos mesmos.

Freud diz: E a raiva?

Skinner diz: A raiva acontece quando somos expostos a estímulos aversivos primários ou condicionados, porém isso pode tornar-se medo, isso irá depender da ontogênese e filogênese, ou melhor, da contingência em questão. No medo temos uma probabilidade reduzida de ir em direção ao objeto que nos causa essa resposta emocional, há um aumento da probabilidade de nos afastarmos desse estímulo aversivo.

Freud diz: Sempre fiquei ansioso para saber o que é a ansiedade em sua visão?

Skinner diz: A ansiedade nasce quando entramos em contato com um estímulo pré-aversivo cuja há alguma ligação com um estímulo aversivo que tem grande chance de acontecer no futuro. Tirei sua ansiedade com minha resposta?

Freud diz: Sim, estou aliviado.

Skinner diz: Sabia, pois o alívio é produzido pelo destruir de estímulos aversivos ou pré-aversivos, nesse caso a sua dúvida.

Freud diz: Skinner, tenho de ir, foi bom conversar com você e trocarmos conhecimentos

Skinner diz: Igualmente, e vê se para de fumar esses charutos.

Freud diz: HAHAHA, até logo.

Skinner diz: Até um dia.

Moral da história: Apesar das diferenças absurdas entre essas teorias, pois uma é extra-psíquica e a outra é intra-psíquica, o respeito entre elas é o que as torna igual.