Príncipes existem, poucos mas existem e... Larissa Dias
Príncipes existem, poucos mas existem e eu encontrei um. Uma rara exceção com cabelos bagunçados, olhinhos pequenos e um sorriso de tirar o fôlego.
Ele costumava me dizer que eu não ouviria um eu te amo da boca dele tão cedo e que a gente nunca namoraria, porque juramos que seriamos totalmente sinceros e “namoros” e “eu te amo” eram mentiras inventadas pra iludir corações desesperados.
E eu adorava isso, essa liberdade, essa cumplicidade... Não precisávamos mentir um pro outro muito menos iludir, sem expectativas o objetivo era curtir a companhia e deixar as emoções fluírem. O que surgisse depois disso era consequência.
Nunca encontrei alguém me fizesse mais feliz, que me tirasse sorrisos tão sinceros, que me deixasse tão confortável sem ao menos ter me prometido absolutamente nada. Nós éramos livres e loucos, livres para corrermos um pro outro quando precisasse de colo, e loucos de paixão, de vontade de fazer diferente dessa vez.
Estava plenamente feliz, eu me sentia completa, ele mexia com cada parte do meu ser e me fazia-me sentir viva. Não me lembro de ter vivido dias mais felizes do que aqueles ou de querer tanto estar com alguém.
Não era namoro, não era amor! Porque essas coisas acabam. Era algo lindo e tão forte ao ponto de me tirar o ar, era intenso e incrível... Era a coisa mais forte que eu já havia sentido.
Ninguém nunca mais conseguiu me surpreender e despertar a melhor parte de mim. Lembro-me como se fosse ontem de como ele adorava me ouvir falar sobre meus sonhos malucos e o quanto ele ficava bravo por não conseguir se controlar quando eu estava por perto.
E foi isso o que restou, lembranças... e uma saudade enorme que não cabe em mim e as vezes, a noite escorre pelos olhos.