MULHER Como jaz solitária a mulher,... Valda Fogaça
MULHER
Como jaz solitária a mulher,
outrora cercada de filhos.
Tronou-se como viúva,
a que foi o centro das atenções
de seus familiares e motivo de
admiração, encontra-se hoje
a mercê da solidão.
Ela chora, e de noite em suas
orações roga ao Senhor
que abençoe a cada um dos
que lhe foram presentes.
Enquanto as lágrimas correm
pela face, não tem quem a console;
entre todos que a amavam ,
foram-se num vôo breve,
como pássaros que voam para
longe de seus ninhos.
Seus dias estão tristes, e ela
mesma se acha em amargura.
Diante da somas de anos vividos,
já se passou todo o esplendor
de sua mocidade.
Seus passos miúdos
caminham exaustos por caminhos
desertos, agora nos dias de sua velhice
lembra-se mulher e de todos seus
mais preciosos tempos vividos
e chora silenciosa, saudade de outrora.