As pessoas vem, as pessoas vão. Já... Emerson Mollin
As pessoas vem, as pessoas vão. Já não sinto vontade de muita coisa, enquanto meus pensamentos vagam livremente pela minha cabeça. Deixo-os agir, como se conhecessem à mim mesmo. Hoje eu não quero perdoar, mas ser esquecido. A melancolia passou e eu quero respeitar o meu ser, meus erros, lembrar que estou vivo e jamais que sou as lembranças da tristeza de alguém. As pessoas já são tristes por elas mesmas, e eu não quero me afogar na paranoia da culpa. Estou drenando minhas emoções, sem lugar nenhum para depositar as mágoas. Há tanto tempo para viver e memória nenhuma para ser revivida, queimei todas, assim como as fotografias que você me deu. Pergunto-me, o quanto vale à pena se queimar por alguém enquanto ateamos chamas em nós mesmos? É uma dúvida invencível de querer se manter distante, mas tão perto de voltar, e muita coisa não volta. Espero que tenha mais sorte da próxima vez, procurando no oceano da vida que carrega imbecis para longe.