Há coisas na vida que passam e não... Mariana Mens
Há coisas na vida que passam e não vemos...
Há amores que amamos e nos afastamos, às vezes inconscientemente, às vezes sem notarmos, talvez porque sabemos algo que apesar de ainda não muito claro trará consequências, talvez porque esse não é o momento, talvez não seja nessa dimensão.
Há chegadas e partidas nessa vida... Isso gera muita saudade. È como se houvesse um lado da vida, um mundo, onde há muitos caminhos, nenhuma rota, pouca localização.
Ah, de que adianta filosofar se tudo o que quero dizer é sobre a saudade que sinto, há lembranças, fantasias e sonhos que partiram, ou melhor, na verdade deveriam ter partido junto a aqueles relacionados.
Bom, eu sei...
É tudo muito confuso... Mas sabe ou se esquece, ou segue, para seguir tem-se que tomar direção, mas meus sonhos pareciam ter se traçado, mas se a essência dele deixa de existir, logo já não há sonho.
Sinto saudade de amizades, pessoas especiais àquelas que geralmente as conhecemos muito jovens de modo que a amizade naturalmente pela essência das pessoas torna-se real e pura.
Sinto saudade de momentos, oportunidades, chances, coisas que não serão revividas.
Sinto que a única coisa que posso fazer é correr atrás das oportunidades perdidas, chances que neguei para mim mesma, e coisas que hoje farão muita diferença no meu hoje. Penso em fazer muitas coisas, queria voar cheia de liberdade em busca da vida, mas não se pode voar com os pés no chão, mas não consigo tirar os pés do chão, pois sem eles no chão eu caio e me machuco.
Se já amei, então acredito que a diferença entre amor e paixão é que o amor é paciente, duradouro se não até eterno, a principal diferença entre esses sentimentos é que a paixão é sempre envolvida com muito desejo intenso, mas então simplesmente é egoísta até que passa, acaba, cansa, enjoa, de repente muda, mas já o amor é real e realista, há muito desejo, mas antes do querer estar com o amado desejamos que o amado esteja com aquela que ele quer e que a faça-o feliz. O amor tem um ciúme controlado, visto que esse sentimento é maior do que qualquer outro. Antes de ser feliz o amado deve é quem deve ser.
A paixão é como uma estrela cadente: passa forte por nós de modo intenso e incontrolável, mas passa e parte para outra direção.
Entusiasmaram-me a notar o meu redor.
Mostraram-me um pedacinho desconhecido do meu coração.
Contaram-me um segredo.
Revelaram-me um segredo.
E então de repente algo surgiu e o estranho é que parecia sempre ter estado aqui. Na verdade já havia observações que deveriam ter revelado uma parte disso, mas há coisas como essa que não se antecipa.
Mas eu me antecipei e logicamente dificultei, no entanto um dia isso trará resultados melhores ainda. E se não trouxer aquilo que esperamos, é porque simplesmente não é o que deveria ter-se esperado.
Vivo em plena corda bamba, ao invés de estar entre a corda, o ar, o chão e a rede (para quedas), estou entre o presente, entre as possibilidades, o passado e manter-me na mesma.
O presente dentre as mudanças parece ser o mais óbvio e que deveria ser feito, mas nem meu coração nem meu corpo concordam com isso.
O passado é a opção mais arriscada, poderá não gerar nada, mas ao menos, me ajudará a ter rumos melhores definidos, e é no passado que se encontra a si mesmo.
As possibilidades é como ir à busca de ver o sol nascer, se por e manter-se no céu continuamente, dia após dia, sem deixar de clarear o céu todos os dias, assim como é imprevisível o sol também são as possibilidades que a vida nos reserva.
Manter-me na mesma é como ver o dia passar apenas olhando para o relógio, é como cair na rotina, ter medo do escuro, apenas temer e viver a vida apenas a assistindo.
Às vezes se não arriscamos nada alcançamos, e principalmente os riscos tornam-se assim principalmente por trazerem algo grande como objetivo final e é isso que torna o perigo saboroso e irresistível.
Lembro-me de muitas coisas e esse é o problema talvez por serem várias, grandes e boas isso as torna difíceis de serem esquecidas facilmente além de expirarem uma certa aventura, imprevistos e perigos, há carinho em cada lembrança e isso é o que não queria apagar.
Escreverei duas histórias relacionadas a essas lembranças e então me decidirei prossegui-las o que é quase incogitável, ou se as esquecerei de vez, no mínimo as manterei longe dos meus pensamentos.
Digo que os olhos são as janelas da alma, dizem muito, e quando transbordam é porque a alma também se encontra assim além de precisar ser limpa assim como os olhos precisam de limpeza e lubrificação. Então se choro é porque os olhos, a alma, as janelas da alma e o coração precisam de limpeza e lubrificação.