Poesia maldita! De dia é só tapinha... JWPapa
Poesia maldita!
De dia é só tapinha nas costas, sorrisinhos e tal.
Durante toda a noite desrespeita-me.
É sempre tão agressiva quando estamos só!
Quando estou só, muda de face.
Transfigura-se em disformes anagramas, anárquica,
disfarça-se de anjo (durante todo o dia).
Só pra manter a velha farsa,
a velha covardia de sempre.
Trata-me como se fosse uma (sua) vadia.
Maldita! Tomara que vire (pó) e (sia).
Tomara que se perca em sua maldade e
sem cor, versos, nem rima, padeça.
Um dia ainda te enquadro na lei, na lei da Maria da...
Poesia...Tem pena de mim, né! Maldita! Maldito.
Mal dito foi o poeta que inventou essa prisão um dia.
Maldita prisão de lápis (caneta) e papel, mal se respira.