E continua a existir manhãs, após as... Vilmar Becker
E continua a existir manhãs, após as noites sem sonhos, fiquei à espera, à porta órfã de regresso, e o esquecimento que não chega, não comparecestes em meus desencontros, deixando plantada uma saudade para a eternidade, minutos, horas, dias, e o esquecimento que não chega.
E quando o esquecimento nos faz pensar que à portas fechadas, mas que se abrem por dentro, aprendemos que existem corações que estão sempre aprendendo, e o esquecimento demora a chegar, disseram-me que voasse, que partisse para longe, ordenaram-me que fosse livre, e o pássaro, após levantar suas asas, continuou empoleirado no ramo, porque o esquecimento não chegou.