Moça que cresce que vem e que tece tão... David Libal
Moça que cresce
que vem e que tece
tão fina escrita
poetisa sabida
minha tarde invadiu
sem mesmo saber
e nem conhecer
ao som do piano
da valsa brasileira
dançou no ouvido
uma leve brisa
com cheiro de terra
que a chuva trazia
chorei na cidade
cinza meu peito
não enrubesci
no teu olhar sequer olhei
no amargo da boca
do forte café
se fez doce a palavra
que na mente proferia
preferi nada fazer
o domingo vazio
não matou esse homem
a guerra continua
mas nem tão fria
nem tudo é desgraça na vida
só queria te contar
que descobri essa poesia