ESTAÇÃO BRÁS Corpos em pilhas de... MAGO DIONES
ESTAÇÃO BRÁS
Corpos em pilhas de homem
Como molhos de coentro
Respirando à agonia do outro
Marés de gente numa brecha que os consomem
Assim o rebanho corria sem tempo a perder
Deixando a vida passar dentro de lata apertada
E por vinte centavos, a ganância fugiu apressada
Na sombra do gigante acordado: POVO NO PODER
As promessas voltaram em canto bonito
O gigante coitado, de sono caiu
O mundo na lata, à barriga consentiu
Passando_ a força sua _as sanguessugas de granito
E no sonho, ele se viu acordado
Sem parasitas dos lados
Mostrando que não é nada coitado
Se seus olhos, nossos e vossos abrir, estão acabados.