" Nós dois"...Disse-me sem... Rosangela Zorio
" Nós dois"
...Disse-me sem rodeios: -- Temos a noite toda ao nosso dispor. Só nós dois.
Respirei fundo e tentei manter a calma, mas o meu sangue fervia com a promessa das palavras dele. Calmamente desabotoou o colete preto.
A excitação que me acometeu não tinha nada a ver com aquele ambiente obscuro daquela velha cabana abandonada , onde estávamos presos pelo destino, mas sim com aquele homem másculo e sedutor.
Sustentando o meu olhar, ele jogou o colete no chão.
Decidido, retirou o candelabro que estava sobre uma cadeira e a ofereceu para mim, sentei-me nela.
Colocou o candelabro sobre uma rústica mesa ao lado, virando-se caminhou lentamente, postando-se a minha frente, ajoelhando-se, retirou-me os sapatos e acariciou-me as pernas macias. Arrepiei-me com o toque, os gestos eram lentos e calculados, desfrutávamos de cada segundo.
Fixei os olhos nos contornos daqueles ombros fortes e másculos. O ambiente estava cheio de sombras disformes, por deveras encantador. O vento uivava, a chuva caía pesada e os trovões assustariam-me ,se não estivesse tão absorta , tão envolvida pelas carícias dele. Escutava apenas as batidas de meu coração.
O que sentia naquele momento ia além da razão. Algo intangível. Nem procurava mais entender os meus sentimentos.
Beijava-me as pernas, os joelhos e começou a subir, abrindo-me as pernas cada vez mais. Fechou as mãos ao redor de minhas nádegas , segurando-me com força e beijou o ponto mais íntimo do meu ser.
Ele quente e excitado...Sua língua experimentava-me com suave delicadeza, deliciando-se com o momento. Extasiada.
Eu estava esparramada sobre a cadeira com as pernas esticadas e abertas.
Os beijos tornaram-se cada vez mais exigentes e a língua parecia movimentar-se dentro de mim.
Gemi por uma , duas vezes, o prazer era insistente e achei que morreria...
Ele continuava, cada vez mais absorto pela paixão. Deixei-me levar, esquecendo de tudo e de todos.
O paraíso era ali , naquela noite mágica para nós dois.