Esmeridade Prazer, eu sou um cronista,... Lucas Barros Ribeiro

Esmeridade

Prazer, eu sou um cronista, viajante, e caminhante.
Frequento tertúlias para esquecer de guardar os seus livros da estante,
pois todas as noites eu sonho que me perco em profundidades,
e a penumbra em meu peito não me permite esquecer todas as suas singularidades.

Eu escrevi um poemário completo de heteronímias com seus detalhes,
pra que você possa se identificar um dia naquelas linhas,
e essa minha inquietude me fez entender a definição do indizível,
porquê perto da sua fragilidade eu me sinto um pouquinho mais sensível, e amigo.

Estou aprendendo a conviver com as vicissitudes da vida,
e entender o inexorável motivo de não termos nem tentado um dia.
Viver, conviver, e improvisar é o que posso fazer no momento,
Estávamos cantando, brincando, e sorrindo no gerúndio, hoje estou morrendo.

Sobrevivo nessa metamorfose devido a minha resiliência,
e é complicado estar no outono vendo a sua florescência.
A saudade, a veneta, a revolta e o silêncio pode ser algo fútil,
inútil, mas o querer do escrever é completamente lúdico.

Me sinto como um navegante perdido nessas ondulações e sem porto seguro,
estar em terra firme sem ter um lar é um tanto quanto duro,
procuro, aturo, me torturo, fico em cima do muro,
murmuro, rasuro, e me juro ser menos imaturo.

Queria poder cantarolar e me inspirar na sua autenticidade,
afinal, nós somos antônimos e você é sinônimo de cumplicidade,
Mas eu me desafio, e aposto aguentar as diversidades,
ouvindo sempre a eloquência da sonoridade de suas verdades.

Todos já enxergaram o diáfano dos meus sentimentos
os detalhes, a duração inexpressável que calcula a medida do tempo,
O meu cuidado, o seu fulgor, as nossas dúvidas e particularidades
e toda a constelação cintilante que nos transforma e eterniza em forma de arte.

Poderia dizer que estar com você é algo desejável, catártico,
mas não tenho como escrever se a tinta da minha caneta congela no seu frio do ártico,
Só não espero que no amanhecer você vá embora e traga com sua ausência a dor,
Pois eu evitei ao máximo escrever o seu nome, e a palavra amor.