Afinal Do que sinto saudades, se dos... Renato Anderson
Afinal
Do que sinto saudades, se dos tempos de criança
Onde mal havia tempo, pra pensar nos pensamentos, que no hoje me invadem
Mal sabia dos momentos, em que eu estava feliz ou vendo a felicidade
Sempre andava sorridente, curtia com os meus amigos
Sonhava por longo tempo, fugia da realidade
Tinha sonhos tão profundos, penetrava em outros mundos, nem me via nessa idade
Sofrendo o quanto eu sofro, em momentos de saudade.
Se eu quero não me lembro
Se eu vejo, não é verdade
Só me sinto em lamentos
Vejo assim minha eternidade
Se poetas são assim, mal sabia que eu era.
Tento expressar momentos,
Fujo a dor que me invade e a saudade que me espera.
Quanto tempo não me lembro, nem sei se faz mais sentido
Vivia só por viver e brincava com o perigo
Por palavras a dizer
Por momentos distraído, me via a te bater, como se eu fosse um bandido.
Só tenho a pedir perdão, são meus gestos mais singelos
Mesmo não estando aqui, é só isto que eu espero
Sei que não me esqueceria, como nunca te esqueci
Gravo em peito e na memória, o que me restou de ti.
Você, minha mãe amada, sempre esteve ao meu lado
Mesmo nas horas erradas, por você fui perdoado
Se alguém sabia mais, amar como tu soube
Só a Deus pertence isso, não penso em provar hoje
Ainda quero te dar, o orgulho que nunca dei
Só vivia por brincar, basquete e jogar bola
Nunca fui bom na escola, me arrependo quando lembro
Do que não aproveitei
Você sempre em voz tão mansa, que eu nunca entendia
Reclamava e ainda dizia, quando eu for ficará só
Não reclame pois um dia, isto vai acontecer
Chegado o tal momento, madrugada e sofrimento
Aos meus braços falecer.
Se eu pudesse dizer hoje, o quanto sinto por tudo
Você era o meu mundo e continuará a ser
Te amo minha mãe amada, nos veremos pela vida
Pela estrada percorrida, sempre estará comigo
E eu estarei com você!