Na dúvida, recolhe os olhos, aquieta a... Júnior Mendes
Na dúvida, recolhe os olhos, aquieta a respiração, segura com a mão o coração; molhe os lábios com a língua - certamente eles estão secos, um pouco rachados - talvez mordidos pelos dentes que não cessam de tremer.
Outrora fui abraçado pelo vento, ele nada disse, nem a sua respiração eu ouvia, apenas sentia os seus braços aconchegar o meu corpo. O vento não tinha cor, porém tinha cheiro de orvalho no início, depois de morangos, amoras, e quase no final de limão.