O JARDIM CIBERNÉTICO A flor que plantei... LAÉRCIO BENITTI
O JARDIM CIBERNÉTICO
A flor que plantei crescia e era uma flor neuro estática,
a qual conhecia as dores humanas, e discursava a flor eloquente, nos jardins, entre as ogivas de flores tão potentes
e cinéticas.
Seu cheiro era de metal e falripas de ferro....
E olhava-me a flor, que descobri sintética.
Suas orilhas revelavam suas faces distintas,
propagando em suas faces a dor de guerras funestas....
Ouviu-se nas grotas a orvalhada bélica,
Escuta-me então divina flor esquálida, e de visionária face e melopéia da inércia.
Cantai então, pura flor dos átomos....
Onde está o seu galardão?
Pois seu cântico de razão eminente,
nos jardins da nefasta flor renitente.....
Governais profana a dor que tanto emana,
eflúvio de um átomo que dilacera,
e desditosa é a flor vigorosa e impura.
De que vale a luta da flor aguerrida
nos jardins de tanta dor sofrida,
e de flores, de bruta seiva pura.