A minha calopsita, linda de morrer,... Luiz Maria Borges dos Reis
A minha calopsita, linda de morrer, fugiu de sua gaiola de arame apropriada com todo o conforto necessário, com água filtrada, ração de primeira e tudo mais, para ir morar no galinheiro com as frangas índio - gigante, galinhas rhodia - vermelha e um casal de garnizé. De início, achei bastante estranho, porém, depois, observando melhor, verifiquei que a convivência deles estava maravilhosa e bastante harmônica, com a calopsita querendo até namorar o garnizé, e, os demais, alegres e felizes com a visitante estranha no galinheiro. Lá pelas tantas, quando tudo parecia estar tranquilo, eis que a garnizé fêmea, talvez por ciúme da calopsita que paquerava com o seu parceiro garnizé, partiu para a luta corporal atacando a calopsita com uma bicada mortal, a qual, se sentindo em perigo iminente de morte, se não voa muito ligeiro, já teria sido levada a óbito em menos de segundos. Aí, eu que não sou bobo, pressentindo o acontecido, prendi novamente a calopsita em sua gaiola e, alertei-a a não repetir mais tal façanha, sob pena de sofrer uma prisão domiciliar, até que se resolva o incidente acontecido. Ela, gentilmente abaixou a cabeça e pediu-me desculpas, balançando a cabeça se sentindo arrependida, e, com certeza, não vai querer fazer tal proeza nunca mais, é o que esperamos.