Se amar, nada tem haver com estufar o... Amanda Lebassy

Se amar, nada tem haver com estufar o peito pintar o rosto dar beijinho no ombro e desdenhar os outros.
Quando a gente se ama, a gente respeita e tem um orgulho tremendo da nossa historia, as nossas horas são somente para aqueles que realmente valorizam o sublime de nossa presença com admiração, leveza e um punhado de carinho e amor.
Quando a gente se ama se liberta das correntes da carência e não permite mais fazer nada que possa nós afastar do melhor que a gente pode ser ainda que em nome de súplicas vãs paixões.
Toma-se em maior apreço. Firma a linha tênue entre o desejo e o que realmente nos faz bem. E fica impossível de sermos enganados por sentimentos e balbucios alheios, camuflando amor em cobiça. Não abrimos mais as portas o coração a vida e as pernas só por que a noite está quente a lua é cheia e o ego ardente;
É preciso mais, é preciso além.
Amor próprio soa cafona, soa como aquele que não vive o momento, que não pula no primeiro burro ainda que manco e sem sela que passa pela porteira da gente.
O amor próprio é um Alazão que nos damos de presente e é nele que firmamos o passo e trilhamos os nossos mais belos e felizes caminhos.

E esse amor próprio tem de ser reforçado, alimentado e ressaltado todos os dias, e sim dá trabalho, mas, antes esse trabalho todo e poder percorrer livre sobe meu Alazão com a graça de quem almeja e dedica minha acompanha, a viver em torpes caminhos a mercê de um pobre e manco burrico.