Há, por certo, qualquer ar de santidade... Pedro Aquino Cunha
Há, por certo, qualquer ar de santidade em toda esperança de rapaz trabalhador
O torpor da fé é, de fato, muito acolhedor
Mais vale um suspiro de desejo ou um cansado bocejo?
Jogo-lhe essa questao em forma de despejo...
Melancolia, à seu dispor...
Nao me venha com riso frouxo
Sou de todo temor
prezado trouxo
Sua alma vou expor
Alegria, alegria
o que será de mim?
Se no fim dos meus dias
o que sobrou de mim
foram asas
quebradas
de serafim?
Vida,
Deixo-te como quem colhe flores
Idas e vindas das tuas dores
Cores, senhores.
Cores!
Se as tenho, nao as vejo