Crônica – A chave da resposta... Flavia Ramalho
Crônica – A chave da resposta
Sexta-feira Santa ao acordar, senti que não era um dia comum, mas não dei muita atenção ao meu pressentimento e encarei o dia como mais um feriado, dia de descanso. Fui a calçada com Angelina, minha filha de 11 meses, doente por chave e calçada! Ao abrir o portão, ela já ficou aperreando para eu dar a chave a ela. Eu como não pude vencê-la dei-na. Lá ficamos sentadas e ela brincando com a chave.
Vovô Neves, o avô materno de Angelina, chegou e logo a pegou para brincar, beijá-la e curtir o bebê...Eu entrei para tomar café e Fabiano, meu esposo, perguntou se eu não ia jejuar, pois era o maior dia Santo do ano, respondi que não e fui enchendo a pança. Isso, confesso que já foi me causando arrependimento, pois meu pai de 63 anos só tomou um cafezinho preto e por minha causa Fabiano não resistiu e tomou o café da manhã.Angelina que já estava nos meus braços para o avô tomar café, não dispunha da chave e eu não lembrava desse objeto tão importante e que me causaria tanta dor de cabeça.Assim o dia transcorreu normal e sem nenhuma penitência minha, nem compromisso com o Santo dia. Ao anoitecer, meu marido fechou a casa e não sentimos falta da chave.
No dia seguinte, para abrir o portão, nada da chave e a secretária que havia chegado, entrou pelo corredor, pois na casa há outra entrada e saída, mas a chave que importava era do portão principal, o qual nos dar acesso à garagem onde estava o carro.Chegando à noite, busquei pela chave e nada.Logo veio a dor de cabeça: Cadê a chave?Nada!!!Nenhum lugar, procuramos e à lembrança dela também não chegava.Por isso meu esposo disse que foi castigo por eu não ter respeitado a Sexta-feira Santa, passaram-se alguns minutos e eu já estava me sentindo castigada, era como se eu tivesse desobedecido a Deus, como se eu tivesse brigado com ele.
Então, sentada à mesa, baixei a cabeça e pedi ao meu Deus que se eu encontrasse a chave, eu jamais deixaria de jejuar na Sexta-feira Santa, foi então que me levantei de uma maneira inexplicável e fui direto ao local que estava a chave. Esta estava dentro da minha bolsinha que coloco meu material de fazer as unhas, o qual não havia necessidade dele naquele momento.
Assim, concluo que esta foi a resposta que procurava e o temor a Deus, hoje, significa respeito e compromisso com suas leis.
Flávia Ramalho – profª EEEPcapelão Frei Orlando