Fenda Eis-me aqui petrificado Diante de... Augusto César da Silva
Fenda
Eis-me aqui petrificado
Diante de tua presença
Olho-te com olhos de menino
Carregados de desejo de homem
Teu corpo é meu oásis tenro e improvável
Estou à mercê da civilidade
Meus sonhos abrigam-se debaixo de um
guarda-chuva cor-de-rosa
Chove-se ódio!
Dentro de mim fede a mágoas
Resta-me uma fenda pequena
Por onde me perpassa um feixe de luz
Que se decompõe em um arco-íris
preto e branco.