Sinceramente? Nunca fui de agradar,... Wilton Lazarotto
Sinceramente? Nunca fui de agradar, puxar o saco, correr atrás, sou do meu jeito simples, honesto e sonhador. Nunca fui muito bom em relacionamentos, em presentear ou bajular, minha sinceridade muitas vezes não é compreendida como deveria, mas acha que vou mudar? Nenhum pouco. Prefiro uma verdade dolorosa a uma mentira confortante, prefiro um não honesto a um sim falso, faço isso por que aprendi a ser honesto comigo mesmo. É por isso que do destino o que surgir eu vivo, pois vem verdadeiro, escancarado, vem em pedaços, mas de coisas inteiras. E sendo honesto a minha saudade é verdadeira e não só do passado, mas a saudade do futuro que ficou prestes a acontecer, mas que alguém de vida iludida preferiu fugir. E sendo assim vou sendo mais confiante, mais feliz, mais verdadeiro e, por fim, torno-me o reflexo da minha alma, acabo transparente, o que me vê é o que sou. Não há portas entreabertas, meias palavras, um meio amor, uma meia vontade, quem vive assim tranca as portas ou as escancara, não vive de metades, nem de amor e nem de saudade, quer: é tudo ou é nada. Se chegar na dúvida vou lhe devolver saudade e a paisagem de me ver indo embora.