Nem o vento que sopra gélido e... Kelver Machado Vargas
Nem o vento que sopra gélido e impiedoso resfria o calor dos abraços que sonhei um dia lhe dar, ou dos beijos que minha imaginação produziu.
te perder foi frio, de um jeito que, como nunca, destruiu o que me tornei, já não sei o que sinto, se é que sinto, me perco em pensamentos... tudo tao recente... inebriado pela madrugada fria... que engole as horas mentirosas que desnecessariamente enganam a dor de querer e não poder, de precisar e não conseguir... os desejos, dos profanos aos mais puros e sensatos... jogados e abandonados como lixo... por mim e por você... seria querer demais ter tudo de volta? seria perder demais deixar tudo pra trás? a incompreensão é o que mais corrói... e dói em meio bagunça mental que me persegue. A distancia que hoje é a bebida mais forte que consumi, fazendo meu corpo suar, e o suor se misturar as inúmeras substâncias produzidas por minhas pálpebras... meu conhaque que antes ácido... agora jaz em uma garrafa seca e fria... tao fria quanto a alma de quem conhece tal dor.