Me divido em duas, da mesma matéria da... Victoria Rezende
Me divido em duas, da mesma matéria da criação. Algo oblíquo, que vai assumindo forma conforme o tempo. É a natureza da imaginação, transformado em uma persistência existencial.
È amar mais que passos lentos e cansados, é misturar-se com as borboletas, em uma metamorfose sem fim.
Não escrevo apenas isso, para me satisfazer inteiramente como humana.
Logo descubro, que deixando tudo acontecer, fico mais aliviada.
Porque estou nada mais que balbuciando frases. Por não conseguir chegar áquilo que exatamente espero.
Aprendo, que nada é meu, perco logo, minha possessividade. E adquiro um carinho próprio interior, com as minhas levezas e auto proteções.
Não posso viver de insegurança, de dúvida. É como se em um edifício de noventa andares, não existisse elevador. Ou então, é como elevar o coração mais do que você pode.
Eis a segurança do inabalável sentimento de estar. Compartilho da minha vida á uma outra. E isso é o suficiente, para deslanchar tantas boas emoções.
Victoria Rezende