Chega um momento, na vida do(a)... Althielis de Jesus
Chega um momento, na vida do(a) cristão(ã), que agir somente dentro dos limites do templo já é pequeno demais para ele(a). Aí, a ação evangélica transborda os muros e os preconceitos. Já não é cabível a essa pessoa, ver um irmão, ou uma irmã, com necessidades e não parar para ajudá-lo(a). Já não é humano passar por alguém que sofre e não sofrer junto. Num determinado momento, amar o outro como a ti mesmo pede que quase nada seja mais importante do que a vida do outro. O "sair de si mesmo" torna-se obrigatório. Não há cristianismo, se agimos somente para nós, em nosso favor, por nós.
A vida começa ser ínfima, diante do que pode-se fazer. Então, o Eterno sobrepõe-se ao Agora e tudo faz sentido: minha vida, meus dons, já não me pertencem mais. Eles devem ser colocados à disposição de algo maior. O Eterno vai ficando mais presente a cada dia e tornando-se o guia do agir, do pensar, do falar.
Não é para viver esses 70, 80 anos como se nunca fosse morrer. É para amar nesses 86400 segundos que temos todos os dias.