Em um mundo tão comercial, de ínfimas... Sandra Botelho
Em um mundo tão comercial, de ínfimas propostas e produtos e tudo o que enche os olhos, talvez seja necessário que paremos pra refletir, até onde estamos indo com nossas necessidades, desejos, enfim com nosso consumo. Vivemos na era mais informada da história, somos bombardeados dia a dia, hora a hora , minuto a minuto a minuto por informações, seria sensato analisar se tanta informação é mesmo cem por cento segura e verdadeira. será que realmente necessitamos mesmo de tanto consumo, será que temos que trocar nosso celular por outro mais moderno que nos ofereça mais recursos, quando na verdade ele só nos é útil pra fazermos ligações, ou enviar torpedos? Nunca presenciei ninguém sentado em sua sala assistindo tv no celular. talvez seja pra quando viajarmos, será? No ónibus mal pega o radio do celular.No avião até onde sei não é aconselhável seu uso. Alem do mais quantas vezes perdemos sinal e nem ao menos fazer uma ligação conseguimos. Será que nossa roupa tem necessariamente que ostentar uma etiqueta enorme... Dolce Gabanna. Gucci, Colcci? Não bastaria que nos caisse bem? que nos sentíssemos confortáveis? Será que realmente ter o carro do ano faz de nós pessoas mais felizes? Não passar um final de semana sem almoçar fora... Mas porque, pra que? Se saímos e vamos a restaurantes de comida caseira, não seria mais coerente comermos em casa mesmo, afinal não há melhor comida que a caseira não é? Será que realmente temos que fazer sucesso , ter uma carreira meteórica para sermos valorizados? Possuir o computador mais sofisticado? Uma casa onde você não consegue nem ir a todos os cômodos? O mundo nos empurra tudo. Aquele aparelho de ginástica que você nem precisa sair de casa... Que te faz ficar em forma em apenas dias, como? Se levamos anos pra que exercícios de musculação definam nosso corpo? São tantas as formas de as pessoas se venderem a um mundo tão comercial, a se escravizarem a consumos inúteis , que certamente depois serão deixados em algum canto da casa. Esquecidos e até enferrujados pelo desuso. Enquanto se valorizarem as pessoas pelo seu poder de compra, seremos idiotizados meio a um mundo medíocre e absolutamente vazio, Valorizar alguém pelo que tem de mais importante, o carater, tornou-se banal e até ultrapassado. Comprar, comprar e comprar... Este é o lema do mundo...E as agências de publicidade estão cada vez mais peritas nisso. Então acho que chegou a hora de nos perguntarmos...Somos consumistas ou consumidos? Consumidos pelo glamour, pelo poder, pela ganancia, pela fantasia de que valemos o que consumimos. Simplicidade, tornou-se mediocridade, e o homem se afoga na sua ignorância dia a dia... E isso é triste.