[...] Adoro quando o congelante e deixar... Aislan Fonseca
[...] Adoro quando o congelante e deixar parado dela me fascina. Eu queria ser assim, tão tô nem ai. tão seco e tão sem sal para o açúcar dos outros. Tão seco e ríspido. Quando ela me deixa sem fôlego me dá mais ar ainda para suspirar e ter forças para sair do lugar em que eu estava paralisado. Ela chega e parece que já inflige: - Deixa entrar nas retinas. - Vou falar dentro da sua cara. Te provocar um desconcertamento e inquietude posterior. Te levantar mesmo te deixando pesado com minhas palavras, gestos e atitudes, para depois do costume te deixar tão leve como você nunca foi. Depois que o brilho dos meus olhos te ofuscarem como raios luminosos alguma coisa vai clarear em você como feixes luz. É tão bom quando ela deixa um silêncio dentro do meu ouvido. O simples olhar dela me desembrulha todo. A presença dela quando estou sem assunto me faz ter um diálogo inteiro. Ela é o pacote inteiro e não pequenos pacotinhos que vem tão sem nada. É tão articulada que simplesmente me desentala, desentope. Ela é tão assim... Um assim tão cheio de coisas. Tão cheio de algo. Ela é a desordem que organizou meu coração e a encomenda da entrega que eu queria todo dia... Adoro quando ela chega tão enigmática e coloca um rosto na voz. Quando ela chega com aquele jeitão tão cheia de trejeitos. É como se o jeito chegasse antes dela impondo seu encanto contagiante. Então ela me deixa sem jeito, depois eu me ajeito e a levo com jeito para o forte do meu peito.