Sarcômero Na eutanásia da madrugada... Hiast Liz
Sarcômero
Na eutanásia da madrugada
Desencadeia nas estreitas artérias do coração, oxitocina.
Numa mórbida rotina,
Pulmões serotonina expiram...
Me inspiram.
Fecundando, vêm...
Mata-me de encanto
Sem despir-se,
Nas profundisses
Afoga a libido.
Trazendo do íntimo
Um sufoco afago,
Dopamina do alvoroço,
Sem gosto nem desgosto.
Pulsa essa veia
Sem pudor e sem escrúpulos
Serei eu, este sentimento oriundo
A prova da verdadeira ceia.
Ele que escorre
Feito, efeito norepinefrina
Tritura, árduo me sussurra
A fraqueza miosina.
30.01.2015