Tudo, absolutamente tudo, é... Aíla Sampaio
Tudo, absolutamente tudo, é provisório. Mas ninguém, absolutamente ninguém, aceita isso. Vivemos como se fôssemos eternos e tudo fosse durar para sempre: as pessoas que amamos, as paixões e até as dores. Queremos ser felizes, não experimentar sofrimentos, não ser contrariados nunca. Queremos a compreensão do outro mas nem sempre estamos aptos a compreender o outro. Às vezes, nem a ver o outro. Queremos sempre falar, mas não sabemos ouvir; queremos amores eternos, fidelidade, ...mas machucamos quem amamos com silêncios e omissões quando se espera uma palavra e/ou um gesto. Temos um imenso medo de arriscar nosso conforto e fazer novos voos, mas esperamos novidades, mudanças. Ainda não aprendemos que criar asas e ousar a imensidão é pra quem tem sonhos e acredita neles; pra quem não só pensa que pode cair se tentar. Sejamos sinceros: precisamos ser menos pretensiosos e ter mais humildade para aprender o amor... precisamos desviciar o olhar e não esperar que os outros façam o que só nós podemos (e devemos) fazer. Devemos olhar o nosso umbigo antes de julgar o do outro e viver com a ideia da perecibilidade muito clara... quem sabe assim façamos mais e esperemos menos.