Natal Muitos comemoram, porém... João Antonio N. Palmeira
Natal
Muitos comemoram, porém pouquíssimos são aqueles que possuem a real percepção deste extraordinário evento. Muito aguardado pouco discernido, o natal se transformou no arquétipo de uma cultura supérflua, supersticiosa, cronológica, condicionada, consumista e religiosamente materialista. Todavia sob o substrato desses pseudos significados natalino jaz a real significação desse acontecimento que transcende a historicidade e a tradição preestabelecida. Na perspectiva histórica Natal foi o momento em que o Atemporal se sujeitou a dimensão espaço tempo, o Desconhecido se fez conhecido, o Inacessível se tornou acessível, o Mistério dos mistérios desvelou-se, o sem imagem revelou a sua “face”, o não humano tornou-se demasiadamente humano para que em sua humanidade o homem descobrisse a sua divindade. Quando o amor se personificou seu magnetismo foi tamanho que magos foram atraídos e vieram do oriente para adorá-lo, pastores abandonaram seus rebanhos e impelidos saíram ao encontro do Pastor de suas almas. Esses eventos nos dão um vislumbre de que ele veio trazer saciedade aos anseios insaciáveis do espírito humano. O nascimento do não nascido também evoca o desejo do Eterno de ser gerado em nosso interior e que o fruto desta gestação seja o surgimento de um novo homem pleno em amor com uma consciência Crística. Esse é meu Natal!
“Restam-nos sofrer as dores de parto até ser Cristo gerado em nós”.