TRIDECANATO DOS ANJOS NORMA AP SILVEIRA... NORMA APARECIDA SILVEIRA DE...
TRIDECANATO DOS ANJOS
NORMA AP SILVEIRA DE MORAES
EU SEI QUE VOCÊ SABE... (EC)
Eu sei que você sabe querido
O quanto és tão importante
Na minha vida, querido amigo
A distância não pode separar
As almas que tanto se amam
Deixando-as na saudade ficar
Seremos unidos eternamente
Nosso querer vem das estrelas
E nesta magia vivem contentes
O amor verdadeiro é para sempre...
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POEMA CRÔNICO- SONHAR
AUTORA NORMA A S MORAES
ESTILO DE ANA LUCIA S PAIVA
Minha vida é sonhar
Sair e por aí passear
Fico aqui a dormir
Com vontade de sair
Meus projetos eu faço
Tenho que admitir
Neste meu existir
Sem muito assumir
Falta-me a coragem
Para seguir viagem
Nesta vida de aragem
Pois vou sem miragem
Seguindo sempre além
Aposto nas surpresas
Hoje vivo o meu agora
Sem hora para desistir
Vou seguindo nesta hora
Pois o tempo não demora
Vou alegrar o meu viver
Fazer por ainda merecer
O prêmio do prazer
Pela paciência de ser
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BOM DIA JESUS
Nesta manhã Senhor
Venho aqui agradecida
Dar-lhe bom dia
Um belo amanhecer
Está lá fora
O sol entrando
Pela minha janela
Novas esperanças e
Outras motivações vêm
Aqui me orientar
Vem me abençoar
Enxugar meu pranto
Trazendo toda alegria...
CRÔNICA
MORTE DE MEU AVÔ
Estava eu com uns dez anos quando meu avô materno, Marcolino Conde de Paiva morreu...
Falando um pouco de meu avô, era um homem excecional. Muito trabalhador, tinha uma pequena fazenda, na qual vivia de várias formas de trabalho de acordo com cada estação do ano. Tirava e vendia leite, e fazia queijos o ano inteiro, fazia rapadura, plantava e colhia café, tomates, milho, arroz, feijão, banana, engordava e criava porcos, etc., e assim ia vivendo.
Ele era um homem muito honrado e bom para seus empregados. Sempre havia uns oito ou dez. Lembro-me, que ele dava almoço, café da tarde e janta para que os funcionários não ficassem com fome. Alguns moravam longe e dormiam em um local apropriado ou mesmo nos quartos da sala.
Mas vida de meu avô Marcolino era muito corrida, administrando sozinho cada seguimento, sempre correndo atrás dos compradores e ainda trabalhando junto com os empregados na roça de café e outros.
Seu aniversário era no dia 25 de dezembro. Nas férias a casa de meus avós maternos ficava lotada, pois todos os netos iam passar férias lá e mais alguns parentes da cidade.
Quase tudo que consumia ele tirava da mãe terra,
Mas no final de dezembro era uma feste em sua fazenda, casa grande e animada. Ele então ia na cidade para comprar algumas especiarias para colocar no arroz doce, e outros doces, açúcar, farinha de trigo para o bolo, etc. Lembro-me que o glacê do bolo ou cobertura era feita com açúcar refinado e claras em neve, com sabor de limão ou outro. Era uma correria da mulherada, umas limpavam a casa, outras faziam os quitutes como os doces, bolos, broas, biscoitos de polvilho, rosquinhas, etc....
Pois bem o motivo desta crônica meio longa, pois a emoção da saudade me faz escrever, mas para não cansar o leitor vou já contando.
Meu avô nesta viagem trazia ao voltar os bolsos de seu terno cheios de bala, para ir dando para os netos que sabia do horário do ônibus e iam encontrá-lo. Pois bem neste dia estava armando chuva e as crianças ficaram em casa.
Meu avô desceu do ônibus e esperava os cavalos que iria levar ele e a carga para sua casa. Naquele tempo era muito difícil quem tinha carro, meu avô tinha tropas de burros e muitos cavalos, mas carro não. Como estava um pouco atrasado os cavalos, ele resolveu ir andando a pé um pouco, pois não gostava de esperar e o ônibus adiantou um pouco. Perto do ponto de ônibus havia uma casinha. Ele de repente sentiu muita sede e resolveu parar para beber um pouco de água. O morador já muito conhecido o fez entrar e esperar na sala. Quando o morador voltou o meu tão amado avô estava tombado no chão, e as balas caiam de seus bolsos.
Ele teve morte, um infarto fulminante. A única coisa que disse antes do morador ir na cozinha buscar a água é que estava muito feliz, com a casa muito cheia e que ia comemorar o seu aniversário.
Conta minha mãe que uma árvore, um angico, belo, frondoso e imenso que ficava ao lado da casa e que meu avô adorava, caiu sem motivo nenhum. Todos assustaram com o fato da árvore cair, e em seguida receberam a notícia que meu avô havia morrido. Dizem ser um mistério até hoje, pois a árvore não tinha nada de errado na raiz e nem nos troncos, e havia muitas árvores do lado da casa, na verdade uma matinha com nascentes de águas cristalinas, que ele conservava com muito orgulho. Esta árvore era a preferida de meu avô, e com ele ela teve sua finitude também. Será que habita algum tipo de espirito amigo em árvores ?
TRIDECANTO EM CORRENTES
ENCHER A CARA DE CERVEJA
Ainda tenho saudade guardada
De ir para os bailes e com meu amor
Me divertir e muito dançar
Tomar cerveja e rodopiar
No salão, todo enfeitado
Como era bom então viver
Sair sempre por aí a correr
Nos finais de semana cerveja beber
Era tão bom assim amando
Mas família dele foi implicando
E a inveja já começando
Com nosso amor sempre implicavam
Até com nossos beijos, recriminavam
Até que foram conseguiram
E assim nos afastaram
Pois os beijos se rareavam
Grande foi o sofrimento
Viver pelos conceitos de outros
E até a cerveja deixar de beber
Hoje tenho que de remédios viver
Minha vida ficou assim depois do câncer
Tão cheia de limitação
Mas não adianta a lamentação
Somente a saudade e emoção
Pois vivi muito bem cada inspiração
12/08/2105