Espirito do Mar Lá na costa da praia... GoncalvesSa

Espirito do Mar 

Lá na costa da praia 
Onde a espuma do mar suspira 
E debate na borda do cais. 
Percebo a poesia 
Desse espirito que transpira.  

É o espirito do mar 
Da bela que me espera... 
Nas horas em que o dia fenece 
E na areia molhada 
Teu olhar esvanece. 

Ainda tento pegar tuas mãos
Dormi ao teu lado  
Perceber teus pudores. 
Estás linda... 
Como um véu de uma noiva 
Que a face se desbota em amores.  

Vaguei em torno da praia. 
Tentei te encontrar 
No calor do teu brilho 
A noite adentrar. 
Nos cânticos de saudades, 
No brilho da lua  
E nas ondas do mar.  

A brisa gemia nas escumas das águas 
A noite escura, estrelada e bela 
Ainda caminhava na praia... 
Os meus sonhos ansiavam por ela.  

Quero encontra-la 
Para sentir teu aroma
E de gozos perfumá-la, 
Na poesia dos cânticos divinos 
Para no leito de prazeres amá-la. 

Não me importa se é espirito. 
Quero sentir teus íntimos fluídos 
E nos lábios teus 
Sentir o amor ungido.  

O poeta descreve essa bela. 
De um espirito  
Que no mar caminha. 
Levemente, nas doces areias da praia
E que no peito meu sublima. 

Com certeza sonhava! 
Visão que entorpecia... 
De esperança ardi sedento 
Mas não consegui toca-la. 
Me perdia em meu desalento. 

Oh! Espirito belo! 
Em qual onda escondes? 
Revelas esse mistério... 
Me diga que irei te amar 
Tu dormes pura  
Nas ondas desse mar. 

Irei te alcançar na alvorada... 
A minha morte desejo de enleio, 
Meus lábios tocavam a tua face linda 
E no amanhecer beijarei teus seios.  

Vales escondidos... 
Montanhas errantes, 
Me ajude a encontrar esse espirito 
Que caminha pela praia 
Nas noites, no silêncio 
E nos caminhos írritos. 

O que eu faço meu Deus?! 
Sentir-me abandonado 
Desta ilusão moribunda 
Morrerei apaixonado. 

Deixarei as brisas 
Atingirem meu peito. 
Morrerei olhando o mar.  
Viverei este amor querido. 
Encontrarei a bela  
Desses sonhos esquecidos.