Vento que sopra desorientado Fostes tu... Luis Ricardo Teiga Ramalho
Vento que sopra desorientado
Fostes tu assim?
Tão inimigo de mim?
Trás para perto aquele espinho
E levas para longe minha flor ?
Flor de perfume que não senti
Levas tu para outro jardim
Para longe de mim
Vento amigo do tempo e inimigo de mim
Provocastes tu em mim imenso arranhão
Não no corpo, mas no coração
Poque sopra tais ventos em mim?
Sopras tu para eu sentir...
Percebo que não és tu meu inimigo
És tu meu melhor e verdadeiro amigo
Em momentos és vendaval com espinhos
Em outros és brisa e carinho
Fostes tu semeador de jardins
E apreciador do tempo
És vento em dia e noite
Pois não fostes de momentos
Podes tu ser relento ou intenso
És meu ontem, meu hoje, meu amanhã!
Relento de mim.........
Ou intenso de mim....
Explorador dessas ventanias
Descubro que não és vento só para mim
És vento de mim
E desorientado de mim quando não deixo-o soprar
Pois vendaval ou brisa
Sopras tu para mim
São flores ou espinhos
Diferença não faz sem jardim
Vento que não toco, mas sinto
Vento hora amigo hora "inimigo"
Não fostes seu nome vento
Mas sim o "doce esperar do destino"
Destino meu...e merecedor de mim.....