O tempo, perverso como sempre, passou!... Morency Neto
O tempo, perverso como sempre, passou!
Distorcidas, as lembranças que ora eclodem
Ecoam na alma que se esgueirou
Tentou se acostumar à sua desordem.
E quanto ao cenário do rosto que sorria?
Mostrava toda a beleza da Terra.
Ao olhar para ele sentia sobrepor a seu medo uma apatia,
Que venceria a mais tormentosa guerra.
Na incerteza de tudo o que há, ele pairava
Queria conseguir entender para lutar, sentir para crer
A ignorância, com uma facilidade covarde, o driblava.
No fim, o silêncio acabou sendo seu melhor amigo.
Lobo acostumado ao próprio instinto,
Deixou que o mesmo tempo perverso fulminasse seu castigo.