Sentado lá naquele fundo de quintal... Rodrigo Espindola
Sentado lá naquele fundo de quintal algo tirou-me de meu conforto, uma sensação que pra explicar seria necessário sentir novamente, mas já sabia que era por conta daquela gaivota que voava plena em seu planar. Como eu queria voar!
Mas será que minha admiração por tal fato seria válida ao ponto de querer aquilo pra mim?
Acho que não! Quem sabe aquela gaivota lá do alto não me olhava pensando em o quanto me via correr velozmente pelo quintal e subir e descer das árvores agarrado em seus troncos, quem sabe ela não queria ser eu, conseguir articular sua mandíbula e produzir com suas cordas vocais e língua tantos gritos e cantos das minhas brincadeiras de rodas?!
E ali ficávamos eu e a gaivota nos admirando... Talvez é claro!