De vez em quando comparo. Quando eu... Nilton Mendonça
De vez em quando comparo.
Quando eu conheci Fernando Pessoa; não em pessoa, mas na poesia parecia que me via em suas entrelinhas. Mas percebi o paradoxo de que suas linhas poéticas continham oque de mais puro que havia em mim.
Há os que irão discordar de minhas palavras, mas convenhamos: Ele era romântico eu também. Às vezes sarcástico eu mais ainda. Rude, grosso e meio que sem paciência; eu também. Tinha um mistério, há... de mistério não há nada em mim. Há mas que diabo posso parecer mas nem tanto assim. Tem gente que diz que o poeta é único! Mas como ser uno se cada verso nas entrelinhas citavam fatos do ser – Então compreendi que parecemos todos nós com a essência e essa por sua vez além de única é semelhante a alma que não vemos mas, sentimos pelo calor de nossos corpos.
Porém oque define um poeta um do outro? Não seria por ventura seus trejeitos? Mas esses tais também são particularidades da alma, e esta! Está em cada ser. Por isso nossas tantas afinidades, pois os poetas mudam de nome e local onde nascem. A sua filosofia é a mesma não obstante se contemporânea, abstrata ou atual, em suas metáforas são exatamente igual.
Mas afinal o poeta não é aquele que supostamente enxerga a alma de seres centrados no obvio e palpável? Sim, o poeta, dizem que é um ``fingidor´´ em seu verso Autopsicográfico, portanto o ser iluminado pra denotar em seus poemas e crônicas os absurdos de um ser apaixonado. Em Poema em linha reta nos mostra oque é capaz o ser, eximindo-se de qualquer delito galgando um patamar de quase santo e sem defeitos, velhos amigos. Concordando ou não, Fernando diz como eu, um guardador de rebanhos onde se assenta a vislumbrar a natureza e a humanidade, caindo em desalento e entristecido por perceber no outro o contrario de sentimentos. E as cartas de amor em que diz ser ridículas! Tal qual o amante ebriamente ou entorpecidos pela paixão desprezando-se por algo fugaz e quem sabe passageiro nos arremetendo segundo ele a insana coloquial em dizer ter varias almas e ao mesmo tempo não saber que tipo de alma. E assim é nosso universo pessoal em que mudamos constantemente de ideia e vivencia, aprendendo sem querer aprender aprimorando-se por apenas ser. Quando conheci Fernando feito pressagio – tal qual `` O amor, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar pra ela, Mas não lhe sabe falar. ´´. É a vida, é o lapidar, é a caminhada de quem quer viver não apenas sonhar. Fernando apenas um irmão, mestre encantador, um sábio que foi, mas não passou, vive não apenas por existir, apenas coexisti na palavra, no verso. Quer mais que plenitude? Paz pra sorrir e Amor pra ser feliz.