Se me perguntarem, digo para qualquer... Carlos Enrique
Se me perguntarem, digo para qualquer um, bato no peito, falo firme: já te esqueci. Ostento o clichê do amor próprio: não posso amar quem não me ama. Mas por dentro o coração não se engana, e por implicância bate forte só em falar seu nome.
Confesso que sua lembrança ainda faz presença, mas não perturba meu sono, e nos meus sonhos por hora não tem ninguém ao meu lado, sigo meu instinto de braços dados com meus medos, mas uma vez ou outro alguém me enche de esperanças e me prova que para sorrir basta permitir, logo ser feliz é questão de escolha.
Não devo tentar te esquecer, a cada tentativa de me convencer que você já passou, eu estou provando que ainda está aqui. Os sentimentos quando não regados secam na alma e dão lugares a lembranças melhores de quem te encaixou no mesmo lado do peito que o seu. As lembranças são eternizadas o sentimento delas não, logo esquecer é questão de tempo.
Não espere que no fim desse parágrafo você vá achar uma conclusão perfeita, esquecer é um ato imperfeito, é um desapegar daquilo que não deu certo, é um adeus não consentido para aquilo que um dia foi certeza, é abrir mão daquilo que se quer, para achar aquilo que se pode. E só para não dizer que eu não te avisei: eu já te esqueci…
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