Há tanto ainda para se ver Se construir... Sane Almeida

Há tanto ainda para se ver
Se construir
Não é nada palpável
Mas são coisas que ninguém vê

Sinta os toques
o carinho do vento
a textura da terra
a maciez da água
Prove os sabores
Aromas e cores
Que vivificam os seus sentidos

Cante do seu jeito
não se importe com o desafino
E se não quiser cantar, ouça!
Ouça o balançar das folhas, o galho que quebra
da água que dança no leito de um rio
e das ondas que chegam nas areias.
Se sensibilize com os sons...
receba o canto dos pássaros como um presente divino
Um concerto especialmente preparado para você

Sorria
não só com os lábios
mas faça o seu corpo sentir
toda a vibração positiva
do querer viver

Valorize os movimentos biomecânicos do seu corpo
perfeitamente desenvolvidos para sua locomoção
E seja grato,
Suas células... seus órgãos... vão agradecer!

Tenha coragem
Solte as mãos do guidão
Voe na atmosfera, ou nos pensamentos
Faça o que te dá vontade
Não valorize o que não sabem sobre você
Roube um beijo ou Se declare a tempo
receba o "sim" ou aceite o "não"

Perceba tudo o que há
Sofra as perdas
Se dê ao direito de chorar
E quando o corpo cansar
Erga-se... renove-se
Dê continuidade ao ciclo
Porque a felicidade, é nômade.