Mais uma noite tortuosa, horas em frente... celso roberto nadilo
mais uma noite tortuosa,
horas em frente do espelho,
tudo sinto é um mistério...
tudo se dissipa numa musica...
tenso desejo te beijo...
tudo tão magico,
consumido pela febre,
como num funeral...
o veneno persiste,
depressão, abeira do abismo...
apreciei o amor, como a morte,
uma paixão que permaneceu,
me deseje boa noite...
olhando meus olhos
construindo muralhas,
tudo para ver partir...
nos degraus que desce
uma facada no coração...
seu perfume fica no ar...
como flores da decepção...
deixou...
uma noite fria,
as horas foram marcando com fogo...
por intervenção do destino
sois vento que se deitou...
desde do principio as chamas consumiram...
em mensagens deixas por gotas de angustia...
rompi com nudez sensata...
todas certezas são beijo profundo,
selado num fonema na escuridão...
vivendo como um pássaro ferido...
contando minutos numa eternidade,
no frio do espirito...
como respirar se o ar tem teu perfume,
na fronteira tudo foi um engano,
me empurrou num precipício,
a desculpa foi teu beijo...
sem piedade ou carisma,
todavia queima no meu peito,
permanece como um sacrifício.
exato na certeza de um janela
distante nos meus sonhos...
todas farpas estão no coração.
uma aventura de uma noite,
tantas coisas más,
num castigo a ocasião senti...
deveria saber que te amo.