“Hei de perguntar a noite, o quão... Blagarb
“Hei de perguntar a noite, o quão longa ela pode ser;
Quanta calma ela pode me dar;
E se for longa demais e ausente de paz, hei de perguntar quando ela irá se acabar...”
Pois, homem feito que sou, temo o cair da noite. Temo a ausência da luz mesmo que eu pouco me conforte nela. As noites ultimamente tem sido sinônimo de solidão e o que eu mais temo é ficar só.
Claro que aproveito da minha companhia, que por vezes eu prefiro ficar sozinho, mas a questão, a chave hermenêutica para entender, por vezes, a minha predileção pela solidão é o simples fato de que:
" A solidão é divina quando se procura por ela. “
Mas solidão obrigada é penitência, quiçá purgatório.
Sou jovem, e dizem que temer ficar sozinho é um medo de velho, então eu crio mais um temor para a minha lista:
̶ Será que estou envelhecendo mais rápido do que eu deveria ?
E faço outras diversas coleções dos medos que tenho e alguns que só essas horas da noite que me lembro de suas existências.
Procuro então, abrigo nessas palavras que escrevo. Sejam elas protetoras ou não, o ato de ter fé em algo é muito mais real do que o “algo” em que se tem fé.
Medos são comuns, solidão e envelhecer também, faz parte da vida (e da noite).
“...E se for curta e calma, hei de perguntar se ela pode ficar por toda a vida.”