A Nave (Walmir Palma) p/ Oscar Niemeyer... Walmir Palma
A Nave (Walmir Palma) p/ Oscar Niemeyer
Eu vi o traço do arquiteto incontinente
Insustentável tal leveza e o gênio ousa
No coração da pátria enfim inconfidente
A liberdade sutilmente as asas pousa
Sonho conjunto que a memória perpetua
Planta- se o sempre nos elãs da geometria
Unem- se retas ao milênio que acentua
A esperança mais presente que tardia
Cumpre- se a curva equilibra- se a mandala
Na convergência consciente dos vetores
A nave voa na amplidão aterrissada
Sucumbe a farsa onde a razão fincou valores
A criação desnuda o pêndulo no plano
Fundem- se ali o artista e o esteta
Em desafio qual esfinge ao olho humano
Deus quando faz das suas mãos as do profeta