E o tempo passa em velocidade descomunal... Miriam Lewer
E o tempo passa em velocidade descomunal
Eu continuo inerte neste quarto querendo saber a razão de viver
Esperando o que me reserva para o amanha
Sabendo que o hoje foi igual ao ontem e anteontem
Não vivo mais
Vegeto
Já estou perdendo a cor e meu corpo se enfraquecendo Morrendo grudada em uma cama feito um ser em estado terminal
Não escuto mais minha fala
O brilho de minha alma se perdeu
Fui consumida
Devorada pela sede de sua vingança
Estou presa a você sem amarram ou celas
Meu choro é preso, apertado e doido Não tenho saída Você não solta minhas amarras Não me deixa viver
Meu castigo para a vida toda.