Os anjos não estarão conosco. Quando... William Philippe
Os anjos não estarão conosco.
Quando chegarmos ao fim
entre a tênue linha da distância,
você voará por mim?
Submersos à insignificância.
Quando os anjos partirem
e os sonhos parecerem obsoletos,
onde as paixões se despedirem
me carregará em teu peito?
Vejamos bem, por toda a eternidade,
no tempo que dura um instante
manteremos a fraternidade.
Por todo o breu do céu,
na claridão da tempestade,
ponharás término ao véu,
seremos donos da cidade.
O que por hora parece simples
fará com que eternos sejamos
juntos, tenho certeza que mentistes
embora, que, ao fim, não nos segregamos.
É um desolador tormeto,
o fim inscrito em nosso peito,
por possuírmos sangue impuro
não seremos dignos do feito.
Corrosivos sobreviveremos,
as nossas vitórias são evasivas,
o que quer que reinemos,
viverá em eras destrutivas.