E foi nessa madrugada que eu senti a dor... Kevin Martins
E foi nessa madrugada que eu senti a dor dela. Que a dor dela se pareceu com a minha. Não a dor da morte, mas a dor de sentir o amado se ir, aos poucos, sem poder fazer algo concreto.
A morte é uma coisa pequena, que faz parte da vida, mas leva coisas irreparáveis, inesquecíveis. É sempre doloroso ver quem você ama, partir. Seja qual for o destino.
Trazemos todas as dores do mundo e todos os sorrisos que demos. Todas as madrugadas de conversas e as brincadeiras sem fundamento.
A gente começa a entender a simplicidade, quando algo tão pequeno e complexo, como a morte, aparece. A gente sempre aprende no erro e na dor.
Nunca fui e nem quero ser exemplo, muito menos, motivador. Mas ainda quero me arrepender o menos possível quando eu ver quem amo, partir.
Ela, com lágrimas nos olhos, mostrou a dor que sentia e sente. Amoleceu minha perna e me fez doer o peito.
Nem com lágrimas nos olhos e rosto abatido, deixava de ser linda e encantar qualquer vida que se fizesse presente.
Moça, as lágrimas virão novamente. Elas rolarão pelo teu rosto e talvez molhem sua boca, sem alguém para enxugá-las. Mas a vida ensina que a lágrima é salgada e viver ainda é doce.
Somos fortes e calejados pelos destino. Temos o orgulho de poder encarar a vida e termos seres que nos amam.
Que esse sorriso nunca se apague. Que esse amor, nunca se esgote.
E que essa vida, seja digna das lágrimas de nossos amados.