Andarilho sem rumo - Era incrível como... Daniel Brandão
Andarilho sem rumo - Era incrível como nos amávamos. Eu acreditava nos seus sentimentos por mim; em cada promessa feita e em cada palavra proferida por tua boca. Porém deixei-me levar pela curiosidade de provar outros amores. Deixei com que os meus olhos embevecesse pela beleza de outra mulher. Coube a mim magoar-te ao quebrar as juras de um amor demasiado que um dia fiz a ti. Qual grande pranto há dentro de minha alma, após desvalorizar lágrimas cordiais que caíram de forma obumbrada de seus olhos ao saber que o coração de seu amado havia sido amoldado junto ao coração de outra donzela. Confesso, fui aviltante! Hoje sou eu que choro por perder aquela que poderia me trazer a paz. Sou um navegante sem rumo em um mar de fortes ventos, onde em minha utopia, meu maior desejo é ter novamente o amor da única mulher que poderia abrandar as fortes onda de um mar de dubiedades. Por escolhas errôneas, hoje me encontro em um oceano de solidão . Se eu pudesse voltar no tempo, seria um homem bem aventurado, pois teria de volta você, meu aconchego. Porém não está sobre minhas mãos a ousadia de tal feito! Hoje, sei que a reciprocidade do amor de uma mulher é mais valedouro do que qualquer safira, e que quando tal sentimento ausenta-se na vida de um homem, o tal torna-se um andarilho sem rumo. Sei que as amarguras que se vascolejam dentro de mim, se agitam por saber que, talvez, nunca mais eu tenha o teu amor. Talvez, em uma odisseia obscura eu viva a vagar.