BALAS PERDIDAS - A culpa é do vento... EDNEY SANTOS
BALAS PERDIDAS - A culpa é do vento
FEVEREIRO/2015
Balas perdidas, vidas interrompidas.
Nada mais além da própria vida é cessada. As balas sempre se perdem e os culpados nunca se acham. Os que apertam o gatilho não sofrem muito, pois afinal não miraram para as vítimas, não foi por querer e nem sentiriam se fosse. Assassinos. Adivinhem de quem estou falando...
Estaria falando do vento? Afinal, é ele quem traça a direção das balas. É sua força que desvia, impulsiona e pára. Mas pára onde não deveria parar... Por que aquele Ser estava na direção da bala? Deveria a bala dizer: saia do meu caminho!?. Não diz, afinal não foi inventada para isto. Foi exatamente projetada para furar, trucidar, aniquilar seres vivos e dizer: Não adianta fugir, abaixar, se esconder, afinal só estou perdida até lhe achar.
A bala deve furar o tecido do corpo causando a mesma sensação de uma picada de abelha, aquela sensação de noooossa, o que foi isso? Esta sensação vai durar até a pressão sanguínea for caindo e a visão for escurecendo. Em alguns segundos tudo acaba e o vento deixa de ser sentido...
Nossa única esperança de sentir este vento novamente será lá com Deus, onde imaginamos flutuarmos nas nuvens... Mas pode durar pouco... afinal, eles também atiram para cima...